Dividir ou não dividir: Eis a questão. Até dezembro deste ano, acontecerá o plebiscito que decidirá se o Estado do Pará será ou não divido em três. Argumentos contra e a favor da criação dos Estados do Carajás e do Tapajós foram debatidos na manhã desta quinta-feira, 30 de junho, no Centro de Convenções da UFPA, com a participação da comunidade universitária.
O encontro foi promovido pela Universidade, em parceria com o Conselho Regional de Economia (Corecon), e novas reuniões serão marcadas para o segundo semestre deste ano nos campi da UFPA, em Belém e Marabá, e em Santarém, no Campus da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa). O debate foi transmitido ao vivo pelo Portal da UFPA e pelo Portal da Fundação de Telecomunicações do Pará (Funtelpa).
Entre as questões discutidas nesta quinta-feira, estão os impactos da divisão para os futuros territórios de Carajás, Tapajós e Pará, com a criação de novas gestões, incluindo novos representantes (senadores, deputados federais, governadores etc) e funcionários públicos; a definição das fronteiras dos três Estados; a concentração populacional de cada um dos territórios; os custos de criação e manutenção dos órgãos públicos, da instalação dos novos Estados e a origem destes recursos; a viabilidade econômica de cada território após uma separação; a possibilidade de melhoria dos indicadores socioeconômicos apenas com a divisão; as riquezas naturais de cada uma das regiões; o possível aumento de arrecadação do governo federal e a revisão geopolítica como estratégia de desenvolvimento para o Pará e para a Amazônia.
O deputado federal Lira Maia apresentou os argumentos a favor da criação do Estado do Tapajós, e o deputado Giovanni Queiroz defendeu a criação do Estado do Carajás. Também se manifestou a favor da revisão geopolítica do Estado do Pará, o deputado federal Asdrubal Bentes, atual secretário estadual de Pesca. Contrários à divisão se manifestaram os deputados federais Sérgio Couto e Arnaldo Jordy. A mesa foi mediada pelo presidente do Corecon, Eduardo Costa, e a abertura foi feita pelo professor doutor Erick Pedreira, pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento da UFPA, representando o reitor Carlos Maneschy.
A UFPA não deve ser a favor ou contra. O que desejamos é ser palco de um debate maduro sobre as vantagens e desvantagens da proposta de emancipação para ajudar a população paraense e a comunidade universitária a tomar uma decisão consciente no plebiscito, contribuindo, desta forma, para o exercício da cidadania plena”, defendeu o pró-reitor Erick Pedreira. Já Eduardo Costa, diretor do Corecon, disse que, independentemente do resultado do plebiscito, este é um momento histórico. “Estamos no limiar de uma decisão que será determinante para a trajetória do desenvolvimento futuro não só do Pará, mas também de toda a região.”
Texto: Glauce Monteiro – Assessoria de Comunicação da UFPA
Foto: Karol Khaled
fonte::http://www.portal.ufpa.br/imprensa/
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