terça-feira, 22 de março de 2011

Águaaaaaaaa! Até quando?!


Dia mundial da água: o pior desperdício é aquele que você não vê
Indicador da pegada hídrica calcula o uso direto e indireto da água para produzir bens de consumo. Os números impressionam.

O Dia Mundial da Água, que acontece nesta terça-feira (22), é um data para conscientizar o mundo do consumo excessivo e desperdício do líquido, que é essencial à vida. Mas não é suficiente contabilizar apenas água do banho, descarga, copos d’água ou o quanto de louça foi lavado. É preciso incluir nessa conta o uso direto e indireto da água na produção de alimentos e bens de consumo.

Para chegar a estes números, o cientista holandês Arjen Hoekstra criou a Pegada Hídrica, indicador que mede o uso direto e indireto da água doce para se obter um produto alimentício ou qualquer outro bem consumível. Para calcular o quanto de água é usado entra na conta a quantidade de água usada – ou poluída – durante todo o processo da cadeia produtivo de um alimento ou bem de consumo, é a chamada “água virtual”. É levado em conta também o local onde ocorreu a produção. Uma área onde tem água em abundância é muito diferente da que está numa região mais seca.

Para comer uma maçã, em média foram gastos 70 litros de água. Um copo (250 ml) de cerveja, 75 litros. Uma xícara de café, 140 litros e um quilo de carne, 15.500 litros de água. E é possível calcular também o uso de água em produtos que compramos como roupas, por exemplo. Uma camisa de algodão exige 2.700 litros de água.

Os números são altos porque contam quanto de água foi necessário para se obter um produto. A conta do café inclui não só a parte de água quente que é adicionada ao café, mas também o quanto de água foi necessário na plantação do produto, assim como em toda sua cadeia produtiva.

De acordo com a Water Footprint Foundation, a média global para a Pegada Hídrica de uma pessoa é de 1.243 litros de água por ano. Nos Estados Unidos, isso chega a 2.483 litros por ano; na Alemanha, 1545 l, no Brasil, 1.381 litros, e na China, é de 702 litros.

A Pegada Hídrica pode ser Verde, quando a água da chuva evapora ou é incorporada em um produto durante a sua produção; Azul, que calcula as águas superficiais ou subterrâneas que evaporam ou são incorporadas em produtos, ou então devolvidas ao mar ou lançadas em outra bacia; e Cinza, que mede o volume de água necessário para diluir a poluição gerada durante o processo produtivo.

Dia da água
Neste ano, o objetivo do dia que tem como tema "Água para as Cidades", é para chamar a atenção internacional sobre o impacto no abastecimento de água de fatores como o crescimento rápido da população urbana, a industrialização, conflitos, desastres naturais e as incertezas causadas pela mudança climática.

De acordo com a ONU, em poucos anos, 60% da população mundial estará vivendo nas cidades, aumentando principalmente a densidade demográfica de bairros pobres da cidade e de assentamentos precários do mundo em desenvolvimento.

Água potável é um bem raro na maioria dos países
No dia mundial da água, veja imagens sobre a disparidade do acesso à água potável em várias partes do mundo

O acesso à água potável ainda é um desafio diário para grande parte das populações do mundo.
Compiladas pela BBC para o Dia Mundial da Água, nesta terça-feira, imagens mostram as diferenças entre países em que água é um bem facilmente acessível e outros em que conseguir o recurso é uma tarefa arriscada e difícil.

Apesar das inúmeras fontes naturais de água no mundo - rios e lagos, em geleiras e aquíferos, chuva e neve - a quantidade de água que diferentes países conseguem extrair para fornecer a seus cidadãos varia bastante.

Um estudo da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) identificou países em que a demanda por água excede a oferta natural do recurso. Segundo a organização, os países onde isso acontece fazem maior pressão sobre as fontes de água doce.

No topo da lista dos que mais utilizam o recurso está a península árabe, onde a demanda por água doce excede em 500% a disponibilidade na região.

Isso significa custos adicionais para que a água seja trazida de fora - por caminhões pipa ou aquedutos, ou através da dessalinização.

Países como o Paquistão, o Uzbequistão e o Tadjiquistão também estão muito próximos de utilizar 100% de sua oferta de água doce, assim como o Irã, que usa 70% de seus recursos hídricos.

De acordo com os dados da FAO, o norte da África é outra área sob pressão, em que a Líbia e o Egito particularmente são afetados. A região possui somente metade da água doce que os países consomem.

Mas, a maior pressão sobre as fontes de água doce não está necessariamente nos lugares mais secos, mas nas regiões com o maior percentual da população global.

O sul da Ásia, por exemplo, consome quase 57% de sua água doce, mas abriga quase um terço da população mundial.
Situação que alterem a distribuição de água nessa região - causadas por mudanças climáticas, pelo aumento do número de terras irrigadas ou pelo aumento do uso geral de água, ameaçam a vida de bilhões.

No leste da Ásia o consumo proporcional é menor - os países da região usam em média apenas 20% das suas reservas hídricas. No entanto, um terço da população do mundo vive ali.

O Brasil consome 0,72% da sua água doce renovável ou 331,48 metros cúbicos por habitante a cada ano, segundo a FAO. No entanto, 0,4% são exclusivos para a agricultura.


http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/meioambiente/dia+mundial+da+agua+o+pior+desperdicio+e+aquele+que+voce+nao+ve/n1238184824170

http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/meioambiente/agua+potavel+e+um+bem+raro+na+maioria+dos+paises/n1238184474157.html

Nenhum comentário: