praia do Atalaia, vêm sofrendo com os abusos da interferência humana.Fotos Eduardo Brandão
por Ericka Pinto / março 2011
De acordo com Eduardo Brandão, a soma dos fatores naturais e antrópicos coloca em risco o futuro dessas praias. "A situação reflete dois fatores principais: por um lado, sabemos que as mudanças climáticas estão provocando a aceleração de algumas dinâmicas, tais como a ocupação das áreas de manguezal pelas areias das praias e o aumento da erosão. Por outro lado, a demanda apresentada para esses territórios vem agravando situações recorrentes em todas elas, como lixo, ocupações irregulares em área de risco, esgoto sem tratamento, conflitos fundiários, entre outros. Aliado a esses dois fatores, está a ineficácia da gestão pública", critica.
Em Algodoal, apesar da grande procura no período de férias escolares, ainda é possível observar maior conservação do ambiente natural. Eduardo Brandão, pesquisador do Laboratório de Avaliação e Medidas do Instituto de Ciências Exatas e Naturais (ICEN/UFPA), pós-graduado em Gestão Pública e Governo, faz uma previsão nada otimista afirmando que, em pouco tempo, o cenário será igual ao dos outros lugares.
Ajuruteua, aos poucos, caminha para o mesmo processo. Quase toda a extensão da praia é ocupada por barracas e a estrada que dá acesso ao local provocou o desaparecimento de grande parte do mangue, uma vez que a pavimentação impediu que a água das marés chegasse ao manguezal na região, transformando parte dos bosques de mangue em um cemitério verde.
A diferença entre esses lugares ainda está no processo de ocupação urbana, alguns com maior intensidade. É o caso de Salinas, onde os efeitos da interferência humana já são visíveis, como construções irregulares de hotéis, residências de veraneio e barracas, além de calçamento e pavimentação inadequados.
As praias do litoral paraense são um grande atrativo para quem busca fugir do estresse da vida urbana. Bastam algumas horas de viagem para contemplar a natureza. O destino? Você escolhe. Mosqueiro, Salinas, Alter do Chão, Ajuruteua e Algodoal costumam estar entre as praias mais procuradas pelos paraenses e turistas do Brasil e do exterior.
Projeto prevê a criação de política nacional de proteção
Para tentar reverter os efeitos negativos provocados por esses fatores (natural e antrópico), a Universidade Federal do Pará tornou-se parceira do Projeto Orla, uma iniciativa do Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão (MPOG) e do Ministério do Meio Ambiente (MMA). As ações do Projeto visam implementar uma política nacional elaborada de forma compartilhada, articulando ações de incentivo ao turismo e de proteção ao meio ambiente, por meio de planejamento do uso e da ocupação urbana da orla brasileira.
Inicialmente, o Projeto Orla foi planejado para atender as demandas da zona costeira marítima brasileira, a qual possui diferenças estruturais em relação às orlas flúvio-estuarinas da Região Norte. Assim, pesquisadores e técnicos da UFPA precisam discutir com os Ministérios do Planejamento e do Meio Ambiente a adaptação metodológica aos ambientes estuarinos e fluviais da Amazônia.
Para promover a revisão do protocolo metodológico, os pesquisadores da UFPA percorreram vários municípios, identificando os problemas ambientais existentes. Os encontros também contaram com a participação de representantes de vários órgãos governamentais (federal, estadual e municipal), de institutos de pesquisa e de organizações da sociedade civil.
Eduardo Brandão ressalta que é preciso um esforço conjunto de vários órgãos governamentais e não governamentais e da sociedade em geral, para colocar o projeto em prática, "precisamos evitar a perda do patrimônio público e privado existente no litoral, bem como o comprometimento da renda e das condições de sobrevivência daqueles grupos que sobrevivem dos recursos naturais e das dinâmicas, como o turismo".
Poços rasos deixam água imprópria para o consumo
Praias, rios, furos, igarapés, mangues e dunas são atrativos naturais do município de Salinópolis, um dos mais procurados durante o verão paraense e as festas de fim de ano. O cenário seria perfeito, não fosse a ocupação desordenada que já apresenta seus efeitos nocivos, como a contaminação das águas subterrâneas provocada por construções irregulares. O alerta é do professor Milton Matta, doutor em Hidrogeologia. Ele afirma que a água retirada dos poços construídos em residências, hotéis e pontos comerciais é imprópria para o consumo e representa uma bomba- -relógio para os órgãos de saúde.
Formado por rochas porosas e permeáveis, o aquífero serve como reservatório que abastece rios e poços artesianos e pode ser utilizado como fonte de água para consumo. Na região de Salinas, o aquífero superior está comprometido pelo processo de salinização das águas. Obras, como o calçamento da orla da praia do Maçarico e a construção de hotéis, estão contribuindo para esse processo. "Os aquíferos são abastecidos com a água da chuva e, como a área ficou impermeabilizada por essas construções, menos água vai entrar. Com menos infiltração de água doce, a cunha salina vai penetrando na água, e tornando-a salgada, imprópria para consumo", explica.
Outro problema apresentado por Milton Matta está na abertura desenfreada de poços artesianos, a maioria tem perfuração inferior à recomendada pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Pará (CREA-PA). São poços rasos, que usam o aquífero superior, comprometido pela salinização. Além disso, a profundidade fica vulnerável a fossas, lixo hospitalar, posto de gasolina, entre outras fontes potenciais de contaminação. "Vou apresentar denúncia ao Ministério Público do Estado, com a proposta de se criar uma lei municipal que proíba a construção de poço com profundidade inferior a 20 metros", diz o professor.
Orla: esgoto, lixo e pedras fazem parte da paisagem
De acordo com Milton Matta, três alunos de doutorado vão desenvolver pesquisas na costa nordeste do Estado para a elaboração de propostas de modificações quanto ao abastecimento de água - e a preservação das praias de Salinas. Para isso, os pesquisadores farão o levantamento da quantidade de água que está sendo retirada dos poços, o cadastro e a medição da vazão. A partir desse monitoramento, será possível estabelecer a vazão máxima e evitar que novos poços sejam abertos aleatoriamente. "O poço de um hotel, por exemplo, daria para abastecer um bairro. Mas todo mundo quer fazer seu poço particular. A permissão tinha que ser dada pela prefeitura ou por um órgão competente", critica.
Segundo o geólogo, para construir um poço, é necessário que ele tenha registro no CREA, por ser uma obra de Engenharia Hidrogeológica. "Essas obras não usam canos adequados, os que possuem filtros, e sim canos de PVC branco, furados à mão, os quais deixam passar água e contaminação", alerta. Outro problema ambiental, encontrado no município, é o esgoto a céu aberto dos banheiros das barracas. Construídas nas praias, as fossas irregulares contaminam o ambiente com o despejo de fezes e urina.
Mais pedra, menos areia – Não é só a contaminação das águas, o esgoto e o lixo que ameaçam as praias de Salinas. O aparecimento de pedras na areia é cada vez mais frequente e pode comprometer a beleza natural do lugar. "Há 15 anos, essas pedras não existiam ali, era só areia. O aporte de areia que está vindo para a praia é menor que a quantidade retirada", explica Milton Matta.
De acordo com o geólogo, a ação do homem está modificando a dinâmica marinha nesta área e, como consequência, a areia está dando lugar às rochas. Os pesquisadores ainda não sabem o que é causa geológica - resultado dos ciclos na dinâmica marinha - e o que realmente está relacionado à interferência humana no ambiente, como a ocupação de carros, barracas, hotéis e residências. A praia do Atalaia é o exemplo mais visível das mudanças no cenário natural de Salinas. Por ser a mais procurada pelos banhistas, poderá desaparecer em pouco tempo.
Aos poucos, outros lugares estão sendo ocupados pelo homem, como a praia da Corvina, onde já é possível observar a presença de barracas. "Mas não é só nessa região que temos esse problema. Ajuruteua e Algodoal, importantes do ponto de vista turístico, apresentam o mesmo processo de ocupação e interferência humana", diz Milton Matta.
fontes:
http://www.ufpa.br/beiradorio/novo/index.php/leia-tambem/123-edicao-92--marco/1178-ocupacoes-desordenadas-ameacam-praias-do-litoral-paraense
quarta-feira, 30 de março de 2011
sexta-feira, 25 de março de 2011
o motivo da má educação no Brasil
Aula cronometrada
Com um método já aplicado em países de bom ensino,
o Brasil começa a investigar o dia a dia nas escolas.
por Roberta de Abreu Lima
Controle do tempo
Escola municipal no Rio de Janeiro: os cronômetros vão ajudar a entender as causas da evidente ineficácia na sala de aula.
As avaliações oficiais para medir o nível do ensino no Brasil têm se prestado bem ao propósito de lançar luz sobre os grandes problemas da educação – mas não fornecem resposta a uma questão básica, que se faz necessária diante da sucessão de resultados tão ruins: por que, afinal, as aulas não funcionam? Muito já se fala disso com base em impressões e teoria, mas só agora o dia a dia de escolas brasileiras começa a ser descortinado por meio de um rigoroso método científico, tal como ocorre em países de melhor ensino. Munidos de cronômetros, os especialistas se plantam no fundo da sala não apenas para observar, mas também para registrar, sistematicamente, como o tempo de aula é despendido. Tais profissionais, em geral das próprias redes de ensino, já percorreram 400 escolas públicas no país, entre Minas Gerais, Pernambuco e Rio de Janeiro. Em Minas, primeiro estado a adotar o método, em 2009, os cronômetros expuseram um fato espantoso: com aulas monótonas baseadas na velha lousa, um terço do tempo se esvai com a indisciplina e a desatenção dos alunos. Equivale a 56 dias inteiros perdidos num só ano letivo.
Já está provado que a investigação contínua sobre o que acontece na sala de aula guarda relação direta com o progresso acadêmico. Ocorre, antes de tudo, porque tal acompanhamento permite mapear as boas práticas, nas quais os professores devem se mirar – e ainda escancara os problemas sob uma ótica bastante realista. Resume a especialista Maria Helena Guimarães: "Monitorar a sala de aula é um avanço, à medida que ajuda a entender, na minúcia, as razões para a ineficácia". Não é de hoje que países da OCDE (organização que reúne os mais ricos) investem nessas incursões à escola. Os americanos chegam a filmar as aulas. O material é até submetido aos professores, que são confrontados com suas falhas e insucessos. Das visitas que fez a escolas nos Estados Unidos, o pedagogo Doug Lemov depreendeu algo que a breve experiência brasileira já sinaliza: "Os professores perdem tempo demais com assuntos irrelevantes e se revelam incapazes de atrair a atenção de alunos repletos de estímulos e inseridos na era digital".
Numa manifestação de flagrante corporativismo, os professores brasileiros chegaram a se insurgir contra a presença dos avaliadores dentro da sala de aula. Em Pernambuco, o sindicato rotulou a prática de "patrulhamento" e "repressão". Note-se que são os próprios professores que preferem passar ao largo daquilo que a experiência – e agora as pesquisas – prova ser crucial: conhecer a fundo a sala de aula. Treinados pelo Banco Mundial, os técnicos já se puseram a colher informações valiosas. Afirma a secretária de educação do Rio de Janeiro, Claudia Costin: "Pode-se dizer que o cruzamento das avaliações oficiais com um panorama tão detalhado da sala de aula revelará nossas fragilidades como nunca antes". Nesse sentido, os cronômetros são um necessário passo para o Brasil deixar a zona do mau ensino.
Abaixo, uma cópia da carta escrita por uma professora que trabalha no
Colégio Estadual Mesquita, à revista Veja.
Com a palavra, os professores!
Sou professora do Estado do Paraná e fiquei indignada com a reportagem da
jornalista Roberta de Abreu Lima “Aula Cronometrada”. É com grande
pesar que vejo quão distante estão seus argumentos sobre as causas do mau
desempenho escolar com as VERDADEIRAS razões que geram este panorama
desalentador.
Não há necessidade de cronômetros, nem de especialistas para
diagnosticar as falhas da educação. Há necessidade de todos os que
pensam que: “os professores é que são incapazes de atrair a atenção
de alunos repletos de estímulos e inseridos na era digital” entrem numa
sala de aula e observem a realidade brasileira
Que alunos são esses “repletos de estímulos” que muitas vezes não
têm o que comer em suas casas quanto mais inseridos na era digital? Em que
pais de famílias oriundas da pobreza trabalham tanto que não têm como
acompanhar os filhos em suas atividades escolares, e pior em orientá-los
para a vida? Isso sem falar nas famílias impregnadas pelas drogas e
destruídas pela ignorância e violência, causas essas que infelizmente
são trazidas para dentro da maioria das escolas brasileiras.
Está na hora dos professores se rebelarem contra as acusações que lhes
são impostas. Problemas da sociedade deverão ser resolvidos pela
sociedade e não somente pela escola.
Não gosto de comparar épocas, mas quando penso na minha infância, onde
pai e mãe, tios e avós estavam presentes e onde era inadmissível faltar
com o respeito aos mais velhos, quanto mais aos professores e não cumprir
as obrigações fossem escolares ou simplesmente caseiras, faço
comparações com os alunos de hoje “repletos de estímulos”.
Estímulos de quê? De passar o dia na rua, não fazer as tarefas, ficar em
frente ao computador, alguns até altas horas da noite, (quando o têm),
brincando no Orkut, ou o que é ainda pior envolvidos nas drogas. Sem
disciplina seguem perdidos na vida. Realmente, nada está bom. Porque o que
essas crianças e jovens procuram é amor, atenção, orientação e
disciplina.
Rememorando, o que tínhamos nós, os mais velhos, há uns anos atrás de
estímulos? Simplesmente: responsabilidade, esperança, alegria. Esperança
que se estudássemos teríamos uma profissão, seríamos realizados na
vida.
Hoje os jovens constatam que se venderem drogas vão ganhar mais. Para quê
o estudo? Por que numa época com tantos estímulos não vemos olhos
brilhantes nos jovens? Quem, dos mais velhos, não lembra a emoção de
somente brincar com os amigos, de ir aos piqueniques, subir em árvores?
E, nas aulas, havia respeito, amor pela pátria.. Cantávamos o hino
nacional diariamente, tínhamos aulas “chatas” só na lousa e sabíamos
ler, escrever e fazer contas com fluência.
Se não soubéssemos não iríamos para a 5ª. Série. Precisávamos passar
pelo terrível, mas eficiente, exame de admissão. E tínhamos motivação
para isso.
Hoje, professores “incapazes” dão aulas na lousa, levam filmes,
trabalham com tecnologia, trazem livros de literatura juvenil para leitura
em sala-de-aula (o que às vezes resulta em uma revolução), levam alunos
à biblioteca e a outros locais educativos (benza, Deus, só os mais
corajosos!) e, algumas escolas públicas onde a renda dos pais comporta,
até a passeios interessantes, planejados minuciosamente, como ir ao Beto
Carrero.
E, mesmo, assim, a indisciplina está presente, nada está bom. Além
disso, esses mesmos professores “incapazes”, elaboram atividades
escolares como provas, planejamentos, correções nos fins-de-semana, tudo
sem remuneração;
Todos os profissionais têm direito a um intervalo que não é cronometrado
quando estão cansados. Professores têm 10 minutos de intervalo, quando
têm de escolher entre ir ao banheiro ou tomar às pressas o cafezinho.
Todos os profissionais têm direito ao vale alimentação, professor tem
que se sujeitar a um lanchinho, pago do próprio bolso, mesmo que trabalhe
40 h.semanais.
E a saúde? É a única profissão que conheço que embora apresente
atestado médico tem que repor as aulas. Plano de saúde? Muito precário
Há de se pensar, então, que são bem remunerados... Mera ilusão! Por
isso, cada vez vemos menos profissionais nessa área, só permanecem os que
realmente gostam de ensinar, os que estão aposentando-se e estão
perplexos com as mudanças havidas no ensino nos últimos tempos e os que
aguardam uma chance de “cair fora”.Todos devem ter vocação para Madre
Teresa de Calcutá, porque por mais que esforcem-se em ministrar boas
aulas, ainda ouvem alunos chamá-los de “vaca”,”puta”, “gordos
“, “velhos” entre outras coisas. Como isso é motivante e temos ainda
que ter forças para motivar.
Mas, ainda não é tão grave. Temos notícias, dia-a-dia, até de
agressões a professores por alunos. Futuramente, esses mesmos alunos,
talvez agridam seus pais e familiares.
Lembro de um artigo lido, na revista Veja, de Cláudio de Moura Castro, que
dizia que um país sucumbe quando o grau de incivilidade de seus cidadãos
ultrapassa um certo limite.
E acho que esse grau já ultrapassou. Chega de passar alunos que não
merecem. Assim, nunca vão saber porque devem estudar e comportar-se na
sala de aula; se passam sem estudar mesmo, diante de tantas chances, e com
indisciplina... E isso é um crime! Vão passando série após série, e
não sabem escrever nem fazer contas simples.
Depois a sociedade os exclui, porque não passa a mão na cabeça. Ela é
cruel e eles já são adultos.
Por que os alunos do Japão estudam? Por que há cronômetros? Os
professores são mais capacitados? Talvez, mas o mais importante é porque
há disciplina. E é isso que precisamos e não de cronômetros.
Lembrando: o professor estadual só percorre sua íngreme carreira mediante
cursos, capacitações que são realizadas, preferencialmente aos sábados.
Portanto, a grande maioria dos professores está constantemente estudando e
aprimorando-se.
Em vez de cronômetros, precisamos de carteiras escolares, livros,
materiais, quadras-esportivas cobertas (um luxo para a grande maioria de
nossas escolas), e de lousas, sim, em melhores condições e em maior
quantidade.
Existem muitos colégios nesse Brasil afora que nem cadeiras possuem para
os alunos sentarem. E é essa a nossa realidade! E, precisamos, também,
urgentemente de educação para que tudo que for fornecido ao aluno não
seja destruído por ele mesmo
Em plena era digital, os professores ainda são obrigados a preencher os
tais livros de chamada, à mão: sem erros, nem borrões (ô, coisa
arcaica!), e ainda assim se ouve falar em cronômetros. Francamente!!!
Passou da hora de todos abrirem os olhos e fazerem algo para evitar uma
calamidade no país, futuramente.
Os professores não são culpados de uma sociedade incivilizada e de
banditismo, e finalmente, se os professores até agora não responderam a
todas as acusações de serem despreparados e “incapazes” de prender a
atenção do aluno com aulas motivadoras é porque não tiveram TEMPO.
Responder a essa reportagem custou-me metade do meu domingo, e duas turmas
sem as provas corrigidas.
Nelma Pimenta Cruz.
Profa. Ms. em Letras
Mestrado em Leitura e Cognição.
fonte:
http://veja.abril.com.br/230610/aula-cronometrada-p-122.shtml
Edição 2170 / 13 de junho de 2010
*esta última msg foi enviada ao meu e-mail por uma amiga, postei a reportagem da revista Veja para que o leitor tivesse um maior esclarecimento antes de ter qualquer opinião á favor ou contra de um dos dois texto. o Titulo resume meu pensamento, já que de um lado estão querendo saber o por quê? da má educação e/ou mal desepenho dos alunos nas escolas públicas no Brasil, e de outro lado está o desabafo de uma professora que fala em nome do coletivo de todos os professores que se sentiram ofendidos nseus métodos de ensino dentro das salas de aula. E como não sou de ficar em cima do muro por nada que acredito, concordo com o 2º texto, no sentido da imposição deste método para tentar descobrir o verdadeiro motivo para tal problema, quando este é tão óbvio.
terça-feira, 22 de março de 2011
Porque isso é viver!
_diário
Notas soltas de um diário sem apêndice
por Leonardo Dupin
O ano de 2010 tinha tudo para ser bom para o mineiro Leonardo Dupin. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa, ele encerraria sete anos de formação acadêmica com um mestrado em extensão rural no bolso. Completara 28 anos, morava sozinho, namorava e, seguindo o ciclo natural da evolução, tudo levaria a crer que se daria bem. Mas o ano passou e, aos poucos, ele foi perdendo coisas que lhe eram caras. No mês passado, por fim, ficou sem o apêndice. Da maca de um hospital público em Belo Horizonte, fez um balanço não cronológico dos últimos meses, e concluiu: 2010 foi um ano ruim
02 DE NOVEMBRO DE 2010, TERÇA-FEIRA, 0H30_Meus olhos começam a se acostumar com a luz do ambiente. Aos poucos os objetos e pessoas ganham forma. Sou o centro das atenções no meio de um grupo de desconhecidos. Não sei onde estou. Objetos metálicos e pontiagudos, aventais sujos de sangue, máscaras de pano, toucas de cabelo e uma parafernália eletrônica são toda a informação que começo a processar.
Três médicos estão mexendo dentro da minha barriga e a dor é insuportável. Um deles me manda ficar quieto por duas vezes. Giro meu braço num movimento de autodefesa e atrapalho o trabalho deles. Resmungo algumas palavras. Sou completamente ignorado. Aterrorizado, escuto o diálogo, antes de apagar novamente.
– Segura isso!
– Curioso... não estamos encontrando. Não estamos conseguindo achar.
– Vamos ter que aumentar o corte mais uma vez.
– A operação não está dando certo. Apaga o rapaz.
07 DE MARÇO, DOMINGO_Nesta semana será depositada a última mensalidade da minha bolsa de mestrado e tenho apenas um capítulo da dissertação pronto, do total de seis. Estou devolvendo o apartamento em que moro sozinho há dois anos e acabo de vender todos os meus móveis a preço de banana para um conhecido. Ignorei as reclamações da minha namorada e os conselhos dos amigos, mas percebo que não há outra escolha. Só assim conseguirei me manter financeiramente nos próximos meses.
Pensar nas razões do que muitos consideram atraso de vida não adianta. Também não faz bem. Preciso ser prático. Algo que nunca fui. O interessante é que sempre fui criticado por minha indecisão e agora que tento ser objetivo me condenam mais uma vez. Ora bolas...
Amanhã eu mudo para um quartinho que está sobrando em uma república estudantil no 1º andar desse mesmo prédio onde vivo. O aluguel será três vezes menor. O quarto é bem pequeno, mas não é escuro e acredito que poderei passar alguns meses e resolver provisoriamente meus problemas financeiros. É claro, desde que eu empilhe num canto o que sobrou das minhas coisas encaixotadas.
A mobília do meu novo quarto é composta de peças velhas, quase podres, algumas comidas por cupins. As paredes estão cobertas com traças e muito mofo. Espero não ter problemas alérgicos, nem problemas com os atuais moradores de lá.
02 DE NOVEMBRO, TERÇA-FEIRA, 0H_Primeiro minuto do Dia de Finados. Chove lá fora. “Não existe Dia de Finados sem chuva”, lembra um enfermeiro a alguém que não consigo ver. O teto envelhecido e sujo corre por meu campo de visão enquanto a maca, desviando dos pacientes encostados nas paredes, percorre os estreitos corredores do Hospital das Clínicas, em Belo Horizonte. Estou a caminho da sala de cirurgia.
Sou um socialista. Sempre defendi a saúde pública, gratuita e de qualidade, por mais que isso pareça deslocado da realidade brasileira. Nunca quis pagar ou aceitei que minha família pagasse um plano de saúde em meu nome. Penso que enquanto essas empresas faturarem anualmente bilhões de reais e tiverem um lobby forte no Congresso Nacional, esse bem básico para o desenvolvimento da nação nunca será o que idealizo. Optei pelo SUS, e pedi a minha família que respeitasse.
Há poucos minutos, o modo aleatório do MP3 Player selecionou o disco Funeral da banda canadense Arcade Fire. Uma combinação de muitos instrumentos (guitarra, bateria, baixo, mas também piano, violino, viola, violoncelo, xilofone, teclado, acordeom e harpa) em um rock’n’roll que fala sobre a morte de maneira sutil, nada pessimista.
O título do álbum foi escolhido devido ao falecimento de diversos familiares de integrantes da banda durante o período de gravação. A canção Rebellion (Lies) foi a última que escutei antes que o médico desse sinal positivo para o início da operação. Quando ela apareceu no visor pensei em apertar o botão stop ou mudar a faixa, mas não acredito em superstição. Nem em Deus. Um trecho da canção é emblemático: “As pessoas dizem que você vai morrer.”
É a primeira vez que necessito realmente do SUS nos meus 28 anos. Agora que o meu está na reta essa mistura de idealismo e medo não tem valor algum.
02 DE NOVEMBRO, TERÇA-FEIRA, 7H_Passei a noite no hospital delirando. Estrebuchei com a pior dor que já senti na vida. Como me relatou o médico, a equipe que me operou teve que ser substituída durante a operação por uma mais experiente. Era o caso mais complicado de apendicite que eles já haviam presenciado. Segundo disseram, todos os meus órgãos do abdômen estavam fora do lugar e não foi nada fácil achar o apêndice, que estava colado ao fígado.
Ser esquisito sempre me trouxe problemas, porém, dessa vez foi pior, pois o corte foi longo e tiveram que mexer em muitos órgãos e isso provavelmente acentua minha sensação de dor na cama desta enfermaria. A operação que deveria durar quinze minutos prolongou-se por quase duas horas.
O certo é que a dor que eu sinto é parecida com a dor que os homens sentem quando tomam um chute no saco, só que acentuada e constante. Em delírio e sob efeito da anestesia da barriga para baixo, achei em vários momentos que trocaram o prognóstico e arrancaram meu escroto. Cheguei a pensar que levaria uma vida de menininha, tendo que recorrer ao prazer anal. Na dúvida, levava a cada vinte minutos a mão até o meio das pernas para conferir se estava tudo lá.
10 DE MAIO_Tenho pouco mais de um mês para entregar a dissertação e me falta concentração e disciplina. A pressão é grande, já me avisaram que não vou poder adiar o prazo e a relação com minha orientadora não é das melhores. Meu padrão de vida caiu absurdamente e minha namorada me deixou. Em breve irá para Rennes, na França, preparar o doutorado dela durante um ano.
As contas voltam a me preocupar e prevejo que vou chegar ao fim do semestre com o título de mestre, mas com muitas dívidas, planos afetivos estraçalhados e as amizades enfraquecidas, pois abandonei qualquer tipo de vida social.
23 DE MAIO_Para ajudar a pagar as contas tenho trabalhado como fotógrafo. Ano passado encomendei uma câmera fotográfica modelo Nikon D90 (além de um flash SB-900). Quem trouxe foi meu irmão, que chegou do Japão. Paguei o equipamento economizando parte dos 1 200 reais que ganhava com a bolsa de mestrado e também com o trabalho de consultoria em licenciamento ambiental.
Casamentos, formaturas, festas de criança e bailes de debutantes ocupam meus finais de semana. Algumas empresas de Viçosa me pagam em torno de 100 reais por evento. É uma exploração da minha mais-valia, pois eles nunca cobram menos de 1 000 reais de quem promove esses eventos, mesmo que os clientes sejam pobres, como geralmente são.
Viçosa é uma cidade universitária localizada na Zona da Mata mineira. A população é de cerca de 80 mil habitantes, sendo que pelo menos 30% é flutuante. Não existem grandes e nem médias indústrias no município. Quem ganha dinheiro são as poucas famílias que detêm a prestação de serviços para os estudantes. Com a ampliação do número de vagas na Universidade Federal de Viçosa, o preço do aluguel disparou e o custo de vida na cidade subiu.
Não há muitos lugares bonitos por aqui, exceto a Universidade Federal. É geralmente nela, especificamente em frente ao prédio da reitoria – um casarão de dois andares, bem conservado, em estilo colonial –, que os noivos gostam de fazer suas fotos. Há três anos, antes de me formar, eu era frequentador de manifestações estudantis no local. Cheguei a ocupar (não gosto da expressão “invadir”) a reitoria algumas vezes. Agora isso parece distante.
Hoje fiz uma longa sessão fotográfica no gramado usando a reitoria como cenário. A noiva, uma negra, que devia pesar aproximadamente 120 quilos, usava um vestido branco com um longo véu, gerando forte contraste. Pedi aos noivos que assumissem várias poses: abraçados, ele ajoelhado aos pés dela, apoiados na fachada da reitoria, deitados na grama etc. Um espetáculo para a plateia catedrática que circula pelo local.
30 DE JUNHO_Defendi ontem minha dissertação de mestrado. Não foi o fracasso que previ há alguns meses, mas também não há motivo para comemoração, apenas alívio. A saber, realizei um estudo antropológico, enfocando política e violência no sertão pernambucano.
Nesse momento me encontro num ônibus rumo ao Rio de Janeiro onde trabalharei por algumas semanas para uma empresa carioca de consultoria em licenciamento ambiental. Consultoria e licenciamento ambiental são nomes bonitos para duas coisas escrotas. O primeiro está na ordem da precarização das relações de trabalho. Eles te pagam uma grana para fazer um serviço, mas não te oferecem direito algum. Terminado o serviço, que é de curta duração, você está novamente desempregado. Já o segundo nome significa uma empresa gastar pouco para conseguir a liberação da obra pelo estado, mesmo que para isso almas tenham que ser vendidas. Nesse contexto existe uma luta entre atingidos versus empreendedores (mais um nome bonito para outra coisa escrota) e você é pago pelo segundo grupo.
Meu serviço será visitar donos de propriedades que serão cortadas por uma linha de transmissão (LT) de 345 quilovolts. Eles geralmente estão insatisfeitos. A empresa diz que a linha não incomoda muito, apenas faz um zumbido que se acentua em dias de chuva. Pode também provocar interferência na tevê e no rádio, além de um leve choque em quem estiver trabalhando dentro da chamada faixa de servidão, mas isso só se o solo e a vegetação estiverem úmidos. Às pessoas que usam marca-passo, é recomendado ficarem distantes.
Contudo, os problemas giram geralmente em torno da indenização paga pela empresa, que costuma ser proporcional ao grau de instrução da pessoa. Quanto maior a possibilidade de que ela recorra à Justiça, mais alto será o valor que receberá. Definitivamente, não é um trabalho que me agrade, mas preciso pagar minhas contas.
02 DE NOVEMBRO, TERÇA-FEIRA, 22H_No final da tarde fui avisado pelo médico que seria transferido para uma enfermaria “um pouco pior” do que aquela em que fiquei alojado depois da operação. Não vou me alongar sobre o local em que passarei minha segunda noite neste hospital, pois estou sem paciência e esse relato já me é muito doloroso. Apenas alguns detalhes sobre a nova vizinhança, que não é tão pacífica quanto a anterior.
Meu novo vizinho da esquerda agora é um senhor gordo e negro que passou por um derrame e fica deitado o tempo todo de barriga para cima olhando para o teto. Após o trauma, o lado direito do seu corpo parou de funcionar e, pelo que parece, o intestino deve ficar desse lado, pois ele está o tempo inteiro cagado e o cheiro não é nada agradável.
O vizinho da direita tem paralisia e, quando não está sedado, urra em altos decibéis palavras pouco polidas. Suas pernas são atrofiadas, por isso não pode se levantar. Um dos braços também é assim, um olho é arregalado e não fecha nunca. O outro parece normal. Acho que ele não gosta de mim. Em um de seus acessos de fúria jogou bem longe meu jantar, que estava sobre a mesinha de cabeceira, e depois soltou um som tribal feliz para a enfermeira. Faz quatro dias que não como uma refeição verdadeira e ainda assim estou sem fome.
23 DE AGOSTO_Eu queria ser jornalista, mas, como não entrei no mercado de trabalho, devo tentar o doutorado em ciências sociais.
Acabo de chegar de uma série de mais de 400 visitas a proprietários de terra no Nordeste do país. Em vinte dias percorri 4 200 quilômetros, que abrangem dezoito municípios em três estados diferentes (Tocantins, Maranhão e Piauí). É verão no sertão nordestino e não chove há muitos meses. Enfrentei um calor medonho, cerca de 40 graus à sombra, com direito a diarreia e uma ligeira parada num posto de saúde. À trepidação do carro, que pula feito um cabrito nas péssimas estradas, soma-se a poeira que impregna na pele. Com o passar do tempo, é inevitável sentir vontade de vomitar.
O serviço que realizo é intenso, porém não exige grande reflexão, nem cuidados pessoais. Apenas entregar papel e anotar reclamações. Os pequenos proprietários geralmente aceitam as obras sem reclamar, já os latifundiários são pedantes e costumam descontar sua fúria em nós, consultores. Em todo esse período, não aparei uma única vez a barba, e meus cabelos completam três meses sem corte. Minhas roupas estão todas emboladas e sujas dentro da mochila e no meu único par de tênis já não cabem mais terra ou buracos.
A propósito, fui obrigado a me desfazer do quarto na república do 1º andar e agora voltarei a morar com minha mãe em Belo Horizonte, depois de oito anos longe de casa. Mas, antes disso, estourei 250 reais no cheque especial. A dívida é motivada pelo atraso no pagamento de 4 mil reais do último serviço que fiz. O carro, que deixei na casa do meu pai, foi vendido e ele ainda não me repassou o dinheiro. O velho optou por fazer o negócio sem falar comigo, uma vez que estava no nome dele. Argumentou que o veículo estava parado e disse que tentou me ligar, mas sem crédito o celular não recebe chamadas em outros estados.
03 DE NOVEMBRO, QUARTA-FEIRA, 10H30_A enfermaria foi aos poucos se enchendo de estudantes e professores dos cursos de medicina e enfermagem. Para quem não conhece, o Hospital das Clínicas pertence à Universidade Federal de Minas Gerais e é utilizado como hospital-escola. Aqui dentro você descobre o quanto essa situação pode ser bizarra. Os alunos querem aprender e nós somos a vitrine de carne, osso, gordura e sangue. Com seus estetoscópios e suas pranchetas, eles param em volta das camas, fazendo pequenos círculos, iniciam uma série de perguntas e realizam exames e mais exames, anotados detalhadamente.
A vontade, o cansaço e o constrangimento dos pacientes que estão seminus – alguns estão somente de fralda – não conta muito diante do desenvolvimento da ciência médica. Felizmente eles não se interessaram muito por mim, há espécies mais exóticas no local e, ao que parece, a máxima do “quanto pior melhor” vale no recinto. Apenas me cobri com um lençol e desejei que o tempo passasse rapidamente.
O vaivém permaneceu por umas duas horas até que, de repente, como num passe de mágica, a sala se esvaziou e só sobraram os pacientes. Aliás, os pacientes e o pessoal da limpeza, que espalhava um produto chamado Lysoform pelo local. Nunca estive em uma guerra química, provavelmente por isso nunca vi nada parecido. O Lysoform é um desinfetante utilizado em hospitais – mas desconfio que tenha sido desenvolvido pelos militares norte-americanos para matar os vietcongues. De cheiro fortíssimo, é capaz de deixar o nariz, os olhos e a boca ardendo, fazendo qualquer um ver estrelas. Ignorei as dores, a barriga costurada e saí manquitolando com o postezinho de soro em direção ao corredor. Tive saudade do cheiro de merda do meu vizinho da esquerda. Pobre daqueles que foram obrigados a ficar.
03 DE NOVEMBRO, QUARTA-FEIRA, 19H_Descobri que sou claustrofóbico, agora que posso andar, ou melhor, mancar. Não consigo mais permanecer uns míseros minutos dentro da enfermaria. Tirei o pijama hospitalar e coloquei a roupa que minha mãe deixou por aqui. Percebi que a hierarquia dentro do hospital se dá pelo vestuário e, talvez, vestir uma cueca e uma calça me empreste um pouco mais de respeito.
Os médicos utilizam o branco na calça e na blusa. As enfermeiras-chefes vestem o jaleco dessa mesma cor e as enfermeiras menos graduadas usam um pijama verde com bolinhas escuras. O pessoal da limpeza tem um uniforme próprio. Abaixo na hierarquia estamos nós, pacientes, com a fardagem larga e puída, cobrindo a total ausência de roupas íntimas.
São 19 horas e o médico prometeu que eu teria alta após o almoço, mas ainda nem sinal dele. As enfermeiras todas dizem que ele está na sala de cirurgia, mas esse deve ser o combinado dentro do hospital para evitar que pacientes, chatos como eu, o atormentem. O jeito é esperar, sentado no corredor.
02 DE OUTUBRO_Resolvi passar um final de semana fora e perdi o quarto no apartamento da minha mãe. Meu irmão mais velho, que morava fora do país, chegou de viagem e ocupou o espaço, tirando minhas coisas que estavam no armário. Ele é engenheiro de uma multinacional e tem um apartamento em um bairro nobre da cidade, mas está alugado. Em poucas palavras me disse que quer economizar e me sugeriu fazer o mesmo.
Faz cinco dias que estou dormindo no sofá da sala e o assunto virou um tabu no apartamento. Todos fingem que nada aconteceu, inclusive eu. A minha coluna não é o meu maior problema, perto do meu irmão. Ele tem certa compulsão por organização e limpeza e minhas coisas, espalhadas por todos os cantos do apartamento, começam a incomodá-lo. Pela manhã me fez uma longa propaganda de um boxe que ele alugou. Em uma bela explanação, falou da organização e da praticidade do espaço, que deve ficar do outro lado de Belo Horizonte, e sugeriu que eu levasse parte das minhas coisas para lá.
Não encarei o fato bem e resolvi deixar o apartamento. Segui, com toda minha bagagem, para a casa do meu pai. Ele estava com pressa e não perguntou sobre minha visita ou mesmo sobre minha bagagem. Apenas me entregou um molho enorme de chaves e disse que não voltava hoje.
Saí para comer alguma coisa e, ao retornar e enfiar a chave, a fechadura quebrou. Faz quatro horas que estou trancado do lado de fora do portão, com apenas seis reais na carteira e sem conhecer nada ou ninguém nesse bairro. O número do celular do meu pai eu perdi quando meu aparelho foi roubado na última semana.
04 DE OUTUBRO_Em menos de 48 horas é a segunda vez que fico trancado do lado de fora. Permaneci por pouco mais de um dia na casa do meu pai e vim para um novo trabalho de licenciamento no Rio de Janeiro. Passei a noite toda tentando inutilmente dormir dentro do ônibus e, finalmente, cheguei ao apartamento de um amigo, onde combinei de me hospedar por alguns dias. Ele mora sozinho no bairro da Lapa e, apesar de eu ter ligado na noite anterior, ele bebeu todas e se esqueceu de mim.
Pelo celular emprestado que consegui, descobri que ele havia acabado de acordar na Barra da Tijuca e que iria demorar um pouco até atravessar de ônibus toda a Zona Sul do Rio em um dia de trânsito intenso.
Após algumas horas de espera, no exato momento em que finalmente entrei no apartamento do meu amigo, recebi um telefonema da empresa dizendo que o trabalho foi adiado por aproximadamente trinta dias. Dessa forma, com o rabo entre as pernas, vou-me embora do Rio hoje mesmo. Porém, me pergunto, para onde?
09 DE OUTUBRO_Voltei a morar em Viçosa na mesma república estudantil do 1º andar, com os mesmos carinhas estranhos. Recebi o dinheiro de alguns trabalhos anteriores e isso me tranquilizou. Hoje pela manhã acordei com um companheiro de república soltando a voz no violão. O problema é que ele não tem talento algum. Mas ele insiste.
O som de Alvarenga e Ranchinho faz coro para minha ressaca. Continuei deitado numa tentativa de sofrer menos. A cada cochilo que eu dava ele subia o tom. Era ele e um acompanhante, que fazia a segunda voz também de maneira medonha. A dupla continuou por quarenta minutos até minha bexiga encher. Fui ao banheiro, fiz xixi com a porta aberta e depois segui até o quarto dele. Estava sozinho. Soltei alguns palavrões e comentei: “Você canta mal, mas esse cara que estava aqui com você consegue cantar pior.”
Tive a surpresa do ano. Todo aquele ruído foi produzido por apenas uma voz e um violão. Aliás, duas. Com a ajuda de um programa de computador, ele havia gravado a segunda voz que tocava simultaneamente enquanto gravava a primeira, quer dizer, ele fazia uma dupla sertaneja com ele mesmo. Ser esquisito tem limite. Penso em me mudar novamente.
30 DE OUTUBRO_Encerrei um trabalho de pouco mais de uma semana no Rio de Janeiro. Me despedi da minha companheira de trabalho no aeroporto Santos Dumont e segui rumo ao bairro da Glória. No caminho comecei a sentir algumas fincadas na barriga, nada que preocupasse, pois já me acostumei a trabalhar viajando e a me alimentar na beira de estradas, porém elas aumentaram muito e nessa mesma noite procurei uma Unidade de Pronto Atendimento em Botafogo.
Lá a médica me pediu alguns exames, realizados na hora, mas não identificou meu problema, apenas me receitou uma caixa de Buscopan e recomendou que, se as dores continuassem, eu deveria procurar um hospital público no Rio. Como as dores não passaram, amanhã à noite pegarei um voo (com preço promocional) para Belo Horizonte, onde mora minha família. Imagino que um hospital público na Cidade Maravilhosa pode não ser tão maravilhoso.
31 DE OUTUBRO_Um primo distante é um dos comissários de voo do avião. Eu o encontrei por acaso ao subir na aeronave. Não sabia que ele trabalhava numa companhia aérea e não me lembro nem mesmo do nome dele. Me chamou de primo e depois pelo meu primeiro nome; retribuí o primo. Após a decolagem ele veio até minha poltrona e perguntou se eu estava com medo. Respondi que não. Desde então, decidi conter minhas caretas, mesmo que as dores aumentassem.
Quando saí do apartamento da minha mãe, há menos de um mês, prometi que este ano não voltaria para lá. Engulo a seco o orgulho e volto, provisoriamente. Espero que a hospedagem seja de um ou dois dias no máximo, apenas o tempo necessário para fazer uns exames e descobrir a origem da dor. A ideia de voltar a dormir no sofá da sala não me agrada nem um pouco.
1º DE NOVEMBRO, SEGUNDA-FEIRA, DAS 17H ÀS 19H_As dores na barriga continuam. Minha mãe marcou uma consulta particular em uma clínica especializada em gastroenterologia. Relutei um pouco, mas decidi aceitar. Coloquei os gastos no papel e ela disse que me ajudaria. No consultório, uma senhora de pele alva, óculos de aros grossos e postura autoritária me fez contar profundamente toda minha vida nos últimos anos.
Na primeira meia hora de consulta eu me mostrei equilibrado e fiz um claro e pausado relato, tentando me mostrar superior. Na segunda parte, me desequilibrei, não contive as lágrimas e embolei toda a narrativa. Acho que ela queria achar um fundo psicológico para uma possível gastrite, o que não foi difícil. Porém, terminada a sessão, ela não me deu um diagnóstico preciso e apenas pediu mais exames.
Estou indo agora para um hospital público com a esperança de conseguir ser atendido em véspera de feriado. Tentarei em um ou dois hospitais. Se não conseguir, volto para Viçosa e tento atendimento lá.
02 DE NOVEMBRO, TERÇA-FEIRA, 07H30_Amanheceu e eu não dormi nada. Às seis horas da manhã um rádio começou a tocar antigas baladas sertanejas em alto volume e eu finalmente conheci minha vizinhança. Não são muitas pessoas, apenas meia dúzia de pacientes que devem estar aqui há vários dias e também estrebuchavam, fazendo meu problema parecer bem pequeno. Uma enfermeira entrou no quatro e reclamou:
– Que boate é essa, seu Joaquim? Abaixa esse volume!
O seu Joaquim, um senhor de idade bem avançada, fica na minha frente, do outro lado da sala, próximo à porta. Ao seu lado esquerdo, na diagonal direita da minha cama, há um jovem magro e com dentes amarelos que se coça o tempo inteiro, com quem me preocupei apenas por alguns instantes, até conhecer meu vizinho de cama.
À minha direita há um senhor também magro e sem camisa, com um aparelho de sucção que entra por dentro da sua traqueia, fazendo um barulho medonho. Ao que me parece ele está com pneumonia, eu não sei se há risco de contágio. Há poucos dias ouvi falar de uma superbactéria – Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC) – que tem matado gente nos hospitais brasileiros. Pensando nela ou em qualquer outra possibilidade de infecção hospitalar, um pouco da minha dor se transforma em medo, o que é bom porque a torna mais suportável.
08 DE NOVEMBRO_Estou de volta ao sofá da casa da minha mãe. O médico prescreveu milhões de remédios para eu tomar e isso tem me dado tonteira e enjoos constantes. Cada trecho escrito é precedido por uma forte náusea, por isso vou encerrar este diário por aqui.
No sábado tossi algumas vezes na frente da minha mãe e bastou para ser dado o alerta vermelho aqui em casa. Ela tirou minha temperatura, queria acrescentar alguns remédios aos já prescritos pelo médico e quase chorou ao pensar que pudesse se tratar de uma infecção hospitalar.
Desde que saí do hospital não tenho dormido bem. As últimas duas noites acordei no meio da madrugada com o vento frio da janela, tendo a sensação de que uma figura mitológica de capa preta, montada num cavalo de três pernas e segurando uma foice está me chamando para dar uma voltinha na enfermaria. Enfim, nada que me assuste nesse incomum 2010.
15 DE NOVEMBRO_Daqui a algumas horas voltarei ao Hospital das Clínicas para retirar os pontos que tanto coçam na minha barriga. A cicatriz e este diário serão as únicas marcas desse período de internação. Será estranho rever a enfermaria e temo pelo tempo de atendimento, que pode se prolongar por algumas horas.
A carta de crédito da pessoa a quem meu pai vendeu o carro não foi aprovada. Com isso, recuperei o automóvel. Tento acreditar que as coisas estão melhorando, mas efetivamente ainda não aconteceu nada que me prove isso. O carro, por exemplo, voltou cheio de novos defeitos e vou gastar uma grana alta para consertá-lo. Tive que trocar os quatro pneus, dois amortecedores traseiros e um monte de outras peças que não faço ideia do nome, mas sei bem que o valor é alto.
Amanhã, se tudo der certo com a retirada dos pontos e com o carro, volto nele para Viçosa.
http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao-51
http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao-51/diario/notas-soltas-de-um-diario-sem-apendice
obs: Li este texto na revista Piauí edição 51 de 2010, que chega aqui no meu trabalho!apesar de ser uma edição do ano passado, gostei mt e o texto que posto aqui, é bem real percebe-se pela descrição dos fatos que é interessantes e cômicos. Além disso é uma ótima revista!parabéns aos organizadores da mesma.
Águaaaaaaaa! Até quando?!
Dia mundial da água: o pior desperdício é aquele que você não vê
Indicador da pegada hídrica calcula o uso direto e indireto da água para produzir bens de consumo. Os números impressionam.
O Dia Mundial da Água, que acontece nesta terça-feira (22), é um data para conscientizar o mundo do consumo excessivo e desperdício do líquido, que é essencial à vida. Mas não é suficiente contabilizar apenas água do banho, descarga, copos d’água ou o quanto de louça foi lavado. É preciso incluir nessa conta o uso direto e indireto da água na produção de alimentos e bens de consumo.
Para chegar a estes números, o cientista holandês Arjen Hoekstra criou a Pegada Hídrica, indicador que mede o uso direto e indireto da água doce para se obter um produto alimentício ou qualquer outro bem consumível. Para calcular o quanto de água é usado entra na conta a quantidade de água usada – ou poluída – durante todo o processo da cadeia produtivo de um alimento ou bem de consumo, é a chamada “água virtual”. É levado em conta também o local onde ocorreu a produção. Uma área onde tem água em abundância é muito diferente da que está numa região mais seca.
Para comer uma maçã, em média foram gastos 70 litros de água. Um copo (250 ml) de cerveja, 75 litros. Uma xícara de café, 140 litros e um quilo de carne, 15.500 litros de água. E é possível calcular também o uso de água em produtos que compramos como roupas, por exemplo. Uma camisa de algodão exige 2.700 litros de água.
Os números são altos porque contam quanto de água foi necessário para se obter um produto. A conta do café inclui não só a parte de água quente que é adicionada ao café, mas também o quanto de água foi necessário na plantação do produto, assim como em toda sua cadeia produtiva.
De acordo com a Water Footprint Foundation, a média global para a Pegada Hídrica de uma pessoa é de 1.243 litros de água por ano. Nos Estados Unidos, isso chega a 2.483 litros por ano; na Alemanha, 1545 l, no Brasil, 1.381 litros, e na China, é de 702 litros.
A Pegada Hídrica pode ser Verde, quando a água da chuva evapora ou é incorporada em um produto durante a sua produção; Azul, que calcula as águas superficiais ou subterrâneas que evaporam ou são incorporadas em produtos, ou então devolvidas ao mar ou lançadas em outra bacia; e Cinza, que mede o volume de água necessário para diluir a poluição gerada durante o processo produtivo.
Dia da água
Neste ano, o objetivo do dia que tem como tema "Água para as Cidades", é para chamar a atenção internacional sobre o impacto no abastecimento de água de fatores como o crescimento rápido da população urbana, a industrialização, conflitos, desastres naturais e as incertezas causadas pela mudança climática.
De acordo com a ONU, em poucos anos, 60% da população mundial estará vivendo nas cidades, aumentando principalmente a densidade demográfica de bairros pobres da cidade e de assentamentos precários do mundo em desenvolvimento.
Água potável é um bem raro na maioria dos países
No dia mundial da água, veja imagens sobre a disparidade do acesso à água potável em várias partes do mundo
O acesso à água potável ainda é um desafio diário para grande parte das populações do mundo.
Compiladas pela BBC para o Dia Mundial da Água, nesta terça-feira, imagens mostram as diferenças entre países em que água é um bem facilmente acessível e outros em que conseguir o recurso é uma tarefa arriscada e difícil.
Apesar das inúmeras fontes naturais de água no mundo - rios e lagos, em geleiras e aquíferos, chuva e neve - a quantidade de água que diferentes países conseguem extrair para fornecer a seus cidadãos varia bastante.
Um estudo da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) identificou países em que a demanda por água excede a oferta natural do recurso. Segundo a organização, os países onde isso acontece fazem maior pressão sobre as fontes de água doce.
No topo da lista dos que mais utilizam o recurso está a península árabe, onde a demanda por água doce excede em 500% a disponibilidade na região.
Isso significa custos adicionais para que a água seja trazida de fora - por caminhões pipa ou aquedutos, ou através da dessalinização.
Países como o Paquistão, o Uzbequistão e o Tadjiquistão também estão muito próximos de utilizar 100% de sua oferta de água doce, assim como o Irã, que usa 70% de seus recursos hídricos.
De acordo com os dados da FAO, o norte da África é outra área sob pressão, em que a Líbia e o Egito particularmente são afetados. A região possui somente metade da água doce que os países consomem.
Mas, a maior pressão sobre as fontes de água doce não está necessariamente nos lugares mais secos, mas nas regiões com o maior percentual da população global.
O sul da Ásia, por exemplo, consome quase 57% de sua água doce, mas abriga quase um terço da população mundial.
Situação que alterem a distribuição de água nessa região - causadas por mudanças climáticas, pelo aumento do número de terras irrigadas ou pelo aumento do uso geral de água, ameaçam a vida de bilhões.
No leste da Ásia o consumo proporcional é menor - os países da região usam em média apenas 20% das suas reservas hídricas. No entanto, um terço da população do mundo vive ali.
O Brasil consome 0,72% da sua água doce renovável ou 331,48 metros cúbicos por habitante a cada ano, segundo a FAO. No entanto, 0,4% são exclusivos para a agricultura.
http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/meioambiente/dia+mundial+da+agua+o+pior+desperdicio+e+aquele+que+voce+nao+ve/n1238184824170
http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/meioambiente/agua+potavel+e+um+bem+raro+na+maioria+dos+paises/n1238184474157.html
quinta-feira, 17 de março de 2011
escreva um poema antes de casaaar!
O noivo escreveu um poema pra noiva um pouco antes do casamento.
Que feliz sou eu, meu amor!.*
Já, já estaremos casados.*
O café da manhã na cama.*
Um bom suco e um pão torrado.*
Com ovos bem mexidinhos.*
Tudo pronto bem cedinho.*
Depois irei para o trabalho.*
E você para o mercado.*
Daí você corre pra casa.*
Rapidinho arruma tudo.*
E corre pro seu trabalho.*
Para começar o seu turno.*
Você sabe que de noite.*
Gosto de jantar bem cedo.*
De ver você bem bonita.*
Alegre e sorridente.*
Pela noite minisséries.*
Cineminha bem barato.*
Nada, nada de shoppings.*
Nem de restaurantes caros.*
Você vai cozinhar pra mim.*
Comidinhas bem caseiras.*
Pois não sou dessas pessoas.*
Que gosta de comer besteiras....*
Você não acha, querida.*
Que esses dias serão gloriosos?.*
Não se esqueça, meu amor.*
Que logo seremos esposos!.*
Como resposta, a noiva escreveu um poema para o noivo
Que sincero meu amor!.*
Que oportunas tuas palavras!.*
Esperas tanto de mim.*
Que me sinto intimidada.*
Não sei fazer ovo mexido.*
Como sua mãe adorada.*
Meu pão torrado se queima.*
De cozinha não sei nada!.*
Gosto muito de dormir.*
Até tarde, relaxada.*
Ir ao shopping fazer compras.*
Com o Visa tarja dourada.*
Sair com minhas amigas.*
Comprar só roupa de marca.*
Sapatos só exclusivos.*
E as lingeries mais caras.*
Pense bem, que ainda há tempo.*
A igreja não está paga.*
Eu devolvo meu vestido.*
E você seu terno de gala.*
E domingo bem cedinho.*
Prá começar a semana.*
Ponha aviso num jornal.*
Com letras bem destacadas:
HOMEM JOVEM E BONITO.*
PROCURA ESCRAVA BEM LERDA.*
PORQUE SUA EX-FUTURA ESPOSA.*
MANDOU ELE IR À MERDA!.*
Obs: Olha que sou (amigada e/ou casada/ou emancebada/ e tudo que defina uma relação estável com outra pessoa a 4 anos e 6 meses, mas concordo plenamente com este poema da noivakkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
*msg enviada por uma amiga ao meu e-mail*
quarta-feira, 16 de março de 2011
35 GrAnDeS mEnTiRaS
1) ADVOGADO: - Esse processo é rápido.
2) AMBULANTE: - Qualquer coisa, volta aqui que a gente troca.
3) ANFITRIÃO: - Já vai? Ainda é cedo!
4) ANIVERSARIANTE: - Presente? Sua presença é o mais importante..
5) BÊBADO: - Sei perfeitamente o que estou dizendo.
6) CASAL SEM FILHOS: - Visite-nos sempre; adoramos suas crianças.
7) CORRETOR DE IMÓVEIS: - Em 6 meses colocarão: água, luz e telefone.
8) DELEGADO: - Tomaremos providências.
9) DENTISTA: - Não vai doer nada.
10) DESILUDIDA: - Não quero mais saber de homem.
11) DEVEDOR: - Amanhã, sem falta!
12) ENCANADOR: - É muita pressão que vem da rua.
13) FILHA DE 17 ANOS: - Dormi na casa de uma colega.
14) FILHO DE 18 ANOS: - Antes das 11 estarei de volta.
15) GERENTE DE BANCO: - Trabalhamos com as taxas mais baixas do mercado.
16) INIMIGO DO MORTO: - Era um bom sujeito.
17) JOGADOR DE FUTEBOL: - Vamos continuar trabalhando e forte.
18) LADRÃO: - Isso aqui foi um homem que me deu.
19) MECÂNICO: - É o carburador.
20) MUAMBEIRO: - Tem garantia de fábrica.
21) NAMORADA: - Pra dizer a verdade..nunca fui beijada antes..
22) NAMORADO: - Você foi a única mulher que eu realmente amei..
23) NOIVO: - Casaremos o mais breve possível!
24) TAGARELA: - Só duas palavrinhas..
25) POBRE: - Se eu fosse milionário espalhava dinheiro pra todo mundo.
26) RECÉM-CASADO: - Até que a morte nos separe.
27) SAPATEIRO: - Depois alarga no pé.
28) SOGRA: - Em briga de marido e mulher não me meto.
29) VAGABUNDO: - Há 3 anos que procuro trabalho mas não acho.
30) VICIADO: - Essa vai ser a última.
31) POLÍTICO:-Tenho dedicado a minha vida ao trabalho para a comunidade.
32) TAXISTA: - Por aqui é mais perto.
33) PEDREIRO: -Até no final do mês estará pronto.
34) EU: Este é o último e-mail que repasso.
35) VOCÊ: Que isso,... eu adoro seus e-mails!
* msg recebida no meu e-mail.
sexta-feira, 4 de março de 2011
Conheça um pouco do Município de Vitória do Xingú-Pá
MAPA
VITÓRIA DO XINGU: UM BREVE PERFIL HISTÓRICO
Vitória do Xingu é uma pequena cidade que está localizada na margem direita do rio Tucuruí, a dois quilômetros, aproximadamente, de sua confluência com o rio Xingu.
Latitude:02° 52"48" Sul
Longitude:52° 00"36" Oeste
Altitude: 0 metros
Segundo informações fornecidas por Henri Coudreau e reforçadas pelo historiador altamirense Ubirajara Marques Umbuzeiro, o primeiro branco a por os pés onde hoje está localizado Vitória do Xingu foi o padre Roque Hunderpfund que, em 1750 com a ajuda dos índios xipaias e curuaias, abriu uma trilha para transpor a “Grande Volta” do Xingu, onde fundou, um pouco acima de onde hoje é a cidade de Altamira, a missão Tavaquara, que foi abandonada após a expulsão dos jesuíta do Brasil. Ubirajara Marques Umbuzeiro em “ Altamira e Sua História” e Vânia Maria Meneses de Figueiredo em “Altamira, Latitude e Esperança” informam que em 1868 dois capuchinhos italianos, os freis Ludovico e Carmelo Mazzarino aportaram em Vitória do Xingu, pequeno povoado habitado por seringueiros e com a ajuda dos índios xipaias e curuaias, reabriram as picadas tomadas pela mata que haviam sido feitas por padre Roque, essas picadas faziam a ligação de Vitória com a parte a montante da Volta Grande do Xingu.
Por volta de 1875, no povoado de Vitória, já haviam se instalado alguns comerciantes que viviam da exploração da borracha feita por nordestinos que recebiam aviamento dos comerciantes e embrenhavam-se nas matas para a extração do látex. É nesse clima que o piauiense, Coronel Gaioso pegou a empreitada de construir uma estrada que ligasse Vitória a Altamira com o intuito de ganhar muito dinheiro com o pedágio, pois aplicara muito dinheiro em empreendimentos financeiros e em escravos. Mas, a abolição da escravidão podou seus planos. Em 1891 chegou ao Xingu o fazendeiro baiano Agrário Cavalcante, que também visando a obtenção de lucros, conclui a estrada que ainda faz a ligação de Vitória com Altamira. Nesses relatos podemos observar que a formação dos primeiros habitantes de Vitória do Xingu contou com contingentes nordestinos, índios, negros e caboclos.
Sob o ponto de vista político, Vitória do Xingu passou por vários estágios: Povoado, Distrito de Altamira, Vila e recentemente emancipou-se transformando-se na sede do município de Vitória do Xingu.
Quando Vitória era um pequeno povoado, foi comandada por grandes latifundiários que eram chamados de coronéis. Este período tem vigência de 1870 à 1911, quando Altamira emancipou-se e o último dos coronéis, José Porfírio de Miranda Júnior, perdeu sua hegemonia sobre a região.
No final do século XIX, mas precisamente nos anos de 1883 e 1896 respectivamente, duas expedições estrangeiras percorreram o Xingu, a do naturalista alemão Karl Von den Stein e do cientista francês Henri Coudreau. Henri Coudreau, em seu livro intitulado “Voyage au Xingu”, fez descrições detalhadas das três etapas obrigatórias da estrada. O pesquisador também percorreu a Estrada Pública Cachoeira / Ambé / Altamira.
De acordo com o Decreto de Lei nº 1234, de 6 de novembro de 1911 foi criado o município de Altamira. Vitória passa a ser Distrito de Altamira, tendo seus administradores nomeados pelos prefeitos de Altamira.
De acordo com a Lei Estadual nº 1139 de 11 de maio de 1965, assinado pelo governador do estado em exercício Dr. Edward Catete Pinheiro, Vitória passa a categoria de Vila. Este período marca o maior desenvolvimento econômico de Vitória e, segundo o professor Ubirajara Marques muitas obras públicas foram construídas na vila, tais como escolas, posto médico, um pequeno cais além de serviço de abastecimento de água encanada, um mercado municipal, galpão e trapiche municipais, uma praça, uma quadra esportiva, um posto telefônico da TELEPARÁ, uma creche municipal dentre outros. Isso faz com que Vitória fique “em franca ascensão econômica, [pois] tem recebido todo o apoio das diversas administrações municipais”.
Em 21 de abril de 1991 foi realizado um plebiscito e os vitorienses optaram por sua independência político-administrativa em relação a Altamira. No dia 13 de dezembro do mesmo ano, o governo do Estado: Exmo. Sr. Jader Fontinele Barbalho, publica no Diário Oficial do Estado do Pará a Lei 5701 que criava o município de Vitória do Xingu.
“Art. 1º - Fica criado o município de Vitória do Xingu com área desmembrada dos municípios de Altamira, Senador José Porfírio o Porto de Móz.
Art. 4º - O município de Vitória do Xingu, criado por esta Lei, será instalado no dia 1º de janeiro de 1993 com a posse do prefeito, vice prefeito e vereadores eleitos no pleito municipal de 03 de outubro de 1992”.
Após sua criação Vitória do Xingu passou a ter os seguintes limites: ao norte limite-se com Porto de Móz e Senador José Porfírio, ao sul e a oeste com Altamira e ao leste com Senador José Porfírio.
De acordo com os dados estatísticos do IBGE, o recém criado município de Vitória do Xingu dispõe de uma área de 2971,6 Km² e uma população, de acordo com o censo de 1996, de aproximadamente 12.794 habitantes, haja vista que a grande maioria está localizada na zona rural, num total de 9.536 habitantes, para 3.258 habitantes na zona urbana. Esses dados nos fornece a densidade demográfica do município é de 4,3 habitantes/Km².
Fonte: Monografia do Professor Edson
FOTOS
IGREJA MATRIZ NOSSA SENHORA AUXÍLIO DOS CRISTÃOS
PRAÇA CENTRAL
ORLA
CÃMARA MUNICIPAL
PREFEITURA
ESPAÇO ELETRONORTE
TERMINAL HIDROVIÁRIO
PONTA DA SERRA
PRAIA DO MEIO
PRAIA
PRAIA
FRENTE DA ORLA
RIO XINGU
Comentários de internautas sobre Vitória do Xingu.
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VITORIA DO XINGU-PA, precisa de apoio Politico, especialmente do Governo do Estado. Minha cidade Vitória do Xingu, um lindo nome, não venho aqui falar de boas de a natureza oferece, eu acho lindo o municipio. Venho aqui deixar meu recado aos Politicos local, são uns verdadeiros sangue-suga do municipio, entram na polica para deso denar o lugar. Os vereadores são todos cabeça oca, não entendem de nada de Lei, não sabem qual a sua função. Logicamente seus interesse pessoal vem logo de primeira. Vejam só a logica um candidato gasta durante campanha R$ 450 mil reais e em quatro ano ele recebrá 240 mil reais, calculado a 5 mil reais mensal, tapagando pra ser prefeito, ou vai ter roubar para cubrir o que ele gastou. Não é verdade. Vitória do Xingu-PA entregue as baratas. PODE VISITAR A CIDADE NÃO TEM NADA, ACABADA. Na verdade os Politicos local brincam de politicos, mas o dinheiro é de verdade. Abraço do Ney
Por: Ney Moreira
Vitória do Xingu-PA, uma cidade com porte muito rico em lazer, digo em recursos naturais, tem belas praias, Pra do meio ( qual batizei com praia do diabo) devido a sua localização que fica no meio do rio xingu, quinze minutos da cidade: Praia do Liber, Praia da Ponta da Serra, eoutras praias nos beiradões do rio xingu- Transporte Rodo Fluvial. Enquanto estrutura de imovel, não existe, porque ainda houve um investimento empresarial e nem municipal. Todos os prefeitos que passaram nunca investiram sequer um centavos na cidade. Florencio Dias Araújo, Liberalino de Almeida, Aneslmo Hoffenann e Averaldo Prereira, todos imigrantes ao municipio. Sinceramente, esses caras aplicasse 20% ddas verbas no municipio Vitória, seria uma Vitória. Hoje tenho vergonha de ir em minha cidade, totalmente abandonada pelo poder público. Quando faço qualquer comentário a respeito da minha cidade fico revoltado pelo descaso do poder público, fico muito com raiva. Vitória é um lugar bonito e te, recursos naturais para serem explorados ao turismo. Abraço do Ney
Por: Ney
Moro em vitória do Xingu,para mim é um paraiso ao lado do rio xingu não há outro lugar melhor p/ mim,uma cidade tranquila calma sem violência povo hospitaleiros bem divertida com boas comidas caseiras e um otimo pescado bem diverço venha conhecer nossa cidade que vc não vai se a repender nem um minuto estamos te esperando vem p/ o paraiso do xingu.
Por: Ronivaldo
Vitória do Xingu é umas das melhores cidades do estado do Para onde se vive bem com muita gente boa e amigavel,portanto venha conhecer nossa cidade e ver o que tem de melhor em nosso municipio com muita comida gostosa e aquele rio p/ se banhar a vontade muitas prais de agua doce como ninguem viu ainda o xingu de perto, que maravilha de rio com uma riqueza enorme de falna e flora,por isto se voce quer uma boa férias vem p/ Vitória do Xingu-Pa e fique bem avontade vem.
Por: Roni ( R & S Modas)
Sou geógrafo e fiquei encantado com os dados relativos a esta cidade, especialmente a altitude 0 m. Esta cidade não vivve inundada? Assim que puder irei aí para ver suas belezas e sua gente hospitaleira, assim espero.
Por: adejar vicente dos santos
eu visitei esta cidade o ano passdo achei muito bonita e tranquila um dia vou mora lá quem sabe
Por: chico marizeira
essa e a minha vitoria modesta por fora + um tesouro por dentro
Por: ananda oliveira
Eu conheço vitória morrei um tempo nesta cidade e sinto muita saudades dai minhas tias moram nesta cidade que pena que minha avó não está mais entre nós mais ela amava Vitória, não sei quando retornarei a essa cidade bela que deixou saudade em meus coração. beijos adorei descobri o sate de vcs. Beijos Aracelli.
Por: Aracelli Simão Batista
VITORIA DO XINGU! se pudesse taria todo final de semana tomando banho em aguas limpas desse rio xingu,sem contar nesses garapés inesqueciveis de aguas geladas gostosa,nao tem lugar melhor de ser passar ferias...tudo de bom esse lugar,,,apesar de nao poder estar sempre visitando tenho sempre noticias da minha cidade maravilhosa..sinto muito saudadess das praias do passeio ao domingo na praça depois da missa aquela multidão de gente se encontrando na praçaou comendo aquela carne na chapa da sueleny ai q delicia sinto falta disso td aqui td mundo desconfia de td mundo...agente so anda correndo com medo de td...quando vou ai ate estranho de ve as portas abertas sem receio de nada......isso é maravilhoso...stou louka p/ir em vitoria....um abraço aos meus conterraneos... adma maira barbosa...vitoriense com muito orgulho.....
Por: adma maira barbosa moreira
adoro essa cidade , foi onde passei minha adolescencia. sempre que posso nas ferias vou fazer uma visita.
Por: bena
CARNAVAL É VITÓRIA DO XINGU.... ESSE SIM ÉO LUGAR DE SE BRINCAR SOM SEGURANÇA....OS MELHORES CARNAVAL DA MINHA VIDA PASSEI EM VITÓRIA DO XINGU TOMANDO BANHO NA CHUVA , NA PRAÇA, NA BARRACA DA SANTA, NO CAÇULÃO..AI.. TUDO DE BOM SEM CONTAR COM AS COMPANIAS DAS AMIGAS AMIGOS E FAMILIARES....ISSO É MARAVILHOSO ...SOU APAIXONADA POR VITÓRIA DO XINGU,SEM CONTAR COM O POVO MARAVILHOSO E HOSPITALEIRO...UM FORTE ABRABEIJOS Á TODOS OS AMIGOS E MEUS FAMILIARES.. MAIRA BARBOSA...VITÓRIA É MINHA VIDA.....
Por: adma maira barbosa moreira
Já faz 4 anos e 6 meses que sair de VTX para morar com meu marido em Belém do Pará, mas sempre que posso e o dinheiro dele dar, volto á VTX para visitar toda minha família que ainda vive aqui, como podem vê é um lugar muito bonito, apesar de apresentar alguns problemas não só na infraestrutura da cidade, mas em outros âmbitos. Amo minha cidade, aqui nasci, cresci e vivi muito feliz até os 19 anos, já que dos 20 ao 21 morei em Altamira, e atualmente resido em Belém. Posto essas informações de Vtx aqui no meu blog no intuito de ajudar divulgar o lugar á aqueles que aindam não o conhecem e para os que conhecem recordarem do lugar. Todas estas informações foram retiradas da internet.
fontes:
http://www.brasilocal.com/para/altamira/vitoria_do_xingu.html#t=media
http://www.ferias.tur.br/cidade/4845/vitoria-do-xingu-pa.html
http://br.olhares.com/banho_no_rio_xingu_foto3580991.html
http://vitoriadoxingu_pa.no.comunidades.net/index.php
VITÓRIA DO XINGU: UM BREVE PERFIL HISTÓRICO
Vitória do Xingu é uma pequena cidade que está localizada na margem direita do rio Tucuruí, a dois quilômetros, aproximadamente, de sua confluência com o rio Xingu.
Latitude:02° 52"48" Sul
Longitude:52° 00"36" Oeste
Altitude: 0 metros
Segundo informações fornecidas por Henri Coudreau e reforçadas pelo historiador altamirense Ubirajara Marques Umbuzeiro, o primeiro branco a por os pés onde hoje está localizado Vitória do Xingu foi o padre Roque Hunderpfund que, em 1750 com a ajuda dos índios xipaias e curuaias, abriu uma trilha para transpor a “Grande Volta” do Xingu, onde fundou, um pouco acima de onde hoje é a cidade de Altamira, a missão Tavaquara, que foi abandonada após a expulsão dos jesuíta do Brasil. Ubirajara Marques Umbuzeiro em “ Altamira e Sua História” e Vânia Maria Meneses de Figueiredo em “Altamira, Latitude e Esperança” informam que em 1868 dois capuchinhos italianos, os freis Ludovico e Carmelo Mazzarino aportaram em Vitória do Xingu, pequeno povoado habitado por seringueiros e com a ajuda dos índios xipaias e curuaias, reabriram as picadas tomadas pela mata que haviam sido feitas por padre Roque, essas picadas faziam a ligação de Vitória com a parte a montante da Volta Grande do Xingu.
Por volta de 1875, no povoado de Vitória, já haviam se instalado alguns comerciantes que viviam da exploração da borracha feita por nordestinos que recebiam aviamento dos comerciantes e embrenhavam-se nas matas para a extração do látex. É nesse clima que o piauiense, Coronel Gaioso pegou a empreitada de construir uma estrada que ligasse Vitória a Altamira com o intuito de ganhar muito dinheiro com o pedágio, pois aplicara muito dinheiro em empreendimentos financeiros e em escravos. Mas, a abolição da escravidão podou seus planos. Em 1891 chegou ao Xingu o fazendeiro baiano Agrário Cavalcante, que também visando a obtenção de lucros, conclui a estrada que ainda faz a ligação de Vitória com Altamira. Nesses relatos podemos observar que a formação dos primeiros habitantes de Vitória do Xingu contou com contingentes nordestinos, índios, negros e caboclos.
Sob o ponto de vista político, Vitória do Xingu passou por vários estágios: Povoado, Distrito de Altamira, Vila e recentemente emancipou-se transformando-se na sede do município de Vitória do Xingu.
Quando Vitória era um pequeno povoado, foi comandada por grandes latifundiários que eram chamados de coronéis. Este período tem vigência de 1870 à 1911, quando Altamira emancipou-se e o último dos coronéis, José Porfírio de Miranda Júnior, perdeu sua hegemonia sobre a região.
No final do século XIX, mas precisamente nos anos de 1883 e 1896 respectivamente, duas expedições estrangeiras percorreram o Xingu, a do naturalista alemão Karl Von den Stein e do cientista francês Henri Coudreau. Henri Coudreau, em seu livro intitulado “Voyage au Xingu”, fez descrições detalhadas das três etapas obrigatórias da estrada. O pesquisador também percorreu a Estrada Pública Cachoeira / Ambé / Altamira.
De acordo com o Decreto de Lei nº 1234, de 6 de novembro de 1911 foi criado o município de Altamira. Vitória passa a ser Distrito de Altamira, tendo seus administradores nomeados pelos prefeitos de Altamira.
De acordo com a Lei Estadual nº 1139 de 11 de maio de 1965, assinado pelo governador do estado em exercício Dr. Edward Catete Pinheiro, Vitória passa a categoria de Vila. Este período marca o maior desenvolvimento econômico de Vitória e, segundo o professor Ubirajara Marques muitas obras públicas foram construídas na vila, tais como escolas, posto médico, um pequeno cais além de serviço de abastecimento de água encanada, um mercado municipal, galpão e trapiche municipais, uma praça, uma quadra esportiva, um posto telefônico da TELEPARÁ, uma creche municipal dentre outros. Isso faz com que Vitória fique “em franca ascensão econômica, [pois] tem recebido todo o apoio das diversas administrações municipais”.
Em 21 de abril de 1991 foi realizado um plebiscito e os vitorienses optaram por sua independência político-administrativa em relação a Altamira. No dia 13 de dezembro do mesmo ano, o governo do Estado: Exmo. Sr. Jader Fontinele Barbalho, publica no Diário Oficial do Estado do Pará a Lei 5701 que criava o município de Vitória do Xingu.
“Art. 1º - Fica criado o município de Vitória do Xingu com área desmembrada dos municípios de Altamira, Senador José Porfírio o Porto de Móz.
Art. 4º - O município de Vitória do Xingu, criado por esta Lei, será instalado no dia 1º de janeiro de 1993 com a posse do prefeito, vice prefeito e vereadores eleitos no pleito municipal de 03 de outubro de 1992”.
Após sua criação Vitória do Xingu passou a ter os seguintes limites: ao norte limite-se com Porto de Móz e Senador José Porfírio, ao sul e a oeste com Altamira e ao leste com Senador José Porfírio.
De acordo com os dados estatísticos do IBGE, o recém criado município de Vitória do Xingu dispõe de uma área de 2971,6 Km² e uma população, de acordo com o censo de 1996, de aproximadamente 12.794 habitantes, haja vista que a grande maioria está localizada na zona rural, num total de 9.536 habitantes, para 3.258 habitantes na zona urbana. Esses dados nos fornece a densidade demográfica do município é de 4,3 habitantes/Km².
Fonte: Monografia do Professor Edson
FOTOS
IGREJA MATRIZ NOSSA SENHORA AUXÍLIO DOS CRISTÃOS
PRAÇA CENTRAL
ORLA
CÃMARA MUNICIPAL
PREFEITURA
ESPAÇO ELETRONORTE
TERMINAL HIDROVIÁRIO
PONTA DA SERRA
PRAIA DO MEIO
PRAIA
PRAIA
FRENTE DA ORLA
RIO XINGU
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VITORIA DO XINGU-PA, precisa de apoio Politico, especialmente do Governo do Estado. Minha cidade Vitória do Xingu, um lindo nome, não venho aqui falar de boas de a natureza oferece, eu acho lindo o municipio. Venho aqui deixar meu recado aos Politicos local, são uns verdadeiros sangue-suga do municipio, entram na polica para deso denar o lugar. Os vereadores são todos cabeça oca, não entendem de nada de Lei, não sabem qual a sua função. Logicamente seus interesse pessoal vem logo de primeira. Vejam só a logica um candidato gasta durante campanha R$ 450 mil reais e em quatro ano ele recebrá 240 mil reais, calculado a 5 mil reais mensal, tapagando pra ser prefeito, ou vai ter roubar para cubrir o que ele gastou. Não é verdade. Vitória do Xingu-PA entregue as baratas. PODE VISITAR A CIDADE NÃO TEM NADA, ACABADA. Na verdade os Politicos local brincam de politicos, mas o dinheiro é de verdade. Abraço do Ney
Por: Ney Moreira
Vitória do Xingu-PA, uma cidade com porte muito rico em lazer, digo em recursos naturais, tem belas praias, Pra do meio ( qual batizei com praia do diabo) devido a sua localização que fica no meio do rio xingu, quinze minutos da cidade: Praia do Liber, Praia da Ponta da Serra, eoutras praias nos beiradões do rio xingu- Transporte Rodo Fluvial. Enquanto estrutura de imovel, não existe, porque ainda houve um investimento empresarial e nem municipal. Todos os prefeitos que passaram nunca investiram sequer um centavos na cidade. Florencio Dias Araújo, Liberalino de Almeida, Aneslmo Hoffenann e Averaldo Prereira, todos imigrantes ao municipio. Sinceramente, esses caras aplicasse 20% ddas verbas no municipio Vitória, seria uma Vitória. Hoje tenho vergonha de ir em minha cidade, totalmente abandonada pelo poder público. Quando faço qualquer comentário a respeito da minha cidade fico revoltado pelo descaso do poder público, fico muito com raiva. Vitória é um lugar bonito e te, recursos naturais para serem explorados ao turismo. Abraço do Ney
Por: Ney
Moro em vitória do Xingu,para mim é um paraiso ao lado do rio xingu não há outro lugar melhor p/ mim,uma cidade tranquila calma sem violência povo hospitaleiros bem divertida com boas comidas caseiras e um otimo pescado bem diverço venha conhecer nossa cidade que vc não vai se a repender nem um minuto estamos te esperando vem p/ o paraiso do xingu.
Por: Ronivaldo
Vitória do Xingu é umas das melhores cidades do estado do Para onde se vive bem com muita gente boa e amigavel,portanto venha conhecer nossa cidade e ver o que tem de melhor em nosso municipio com muita comida gostosa e aquele rio p/ se banhar a vontade muitas prais de agua doce como ninguem viu ainda o xingu de perto, que maravilha de rio com uma riqueza enorme de falna e flora,por isto se voce quer uma boa férias vem p/ Vitória do Xingu-Pa e fique bem avontade vem.
Por: Roni ( R & S Modas)
Sou geógrafo e fiquei encantado com os dados relativos a esta cidade, especialmente a altitude 0 m. Esta cidade não vivve inundada? Assim que puder irei aí para ver suas belezas e sua gente hospitaleira, assim espero.
Por: adejar vicente dos santos
eu visitei esta cidade o ano passdo achei muito bonita e tranquila um dia vou mora lá quem sabe
Por: chico marizeira
essa e a minha vitoria modesta por fora + um tesouro por dentro
Por: ananda oliveira
Eu conheço vitória morrei um tempo nesta cidade e sinto muita saudades dai minhas tias moram nesta cidade que pena que minha avó não está mais entre nós mais ela amava Vitória, não sei quando retornarei a essa cidade bela que deixou saudade em meus coração. beijos adorei descobri o sate de vcs. Beijos Aracelli.
Por: Aracelli Simão Batista
VITORIA DO XINGU! se pudesse taria todo final de semana tomando banho em aguas limpas desse rio xingu,sem contar nesses garapés inesqueciveis de aguas geladas gostosa,nao tem lugar melhor de ser passar ferias...tudo de bom esse lugar,,,apesar de nao poder estar sempre visitando tenho sempre noticias da minha cidade maravilhosa..sinto muito saudadess das praias do passeio ao domingo na praça depois da missa aquela multidão de gente se encontrando na praçaou comendo aquela carne na chapa da sueleny ai q delicia sinto falta disso td aqui td mundo desconfia de td mundo...agente so anda correndo com medo de td...quando vou ai ate estranho de ve as portas abertas sem receio de nada......isso é maravilhoso...stou louka p/ir em vitoria....um abraço aos meus conterraneos... adma maira barbosa...vitoriense com muito orgulho.....
Por: adma maira barbosa moreira
adoro essa cidade , foi onde passei minha adolescencia. sempre que posso nas ferias vou fazer uma visita.
Por: bena
CARNAVAL É VITÓRIA DO XINGU.... ESSE SIM ÉO LUGAR DE SE BRINCAR SOM SEGURANÇA....OS MELHORES CARNAVAL DA MINHA VIDA PASSEI EM VITÓRIA DO XINGU TOMANDO BANHO NA CHUVA , NA PRAÇA, NA BARRACA DA SANTA, NO CAÇULÃO..AI.. TUDO DE BOM SEM CONTAR COM AS COMPANIAS DAS AMIGAS AMIGOS E FAMILIARES....ISSO É MARAVILHOSO ...SOU APAIXONADA POR VITÓRIA DO XINGU,SEM CONTAR COM O POVO MARAVILHOSO E HOSPITALEIRO...UM FORTE ABRABEIJOS Á TODOS OS AMIGOS E MEUS FAMILIARES.. MAIRA BARBOSA...VITÓRIA É MINHA VIDA.....
Por: adma maira barbosa moreira
Já faz 4 anos e 6 meses que sair de VTX para morar com meu marido em Belém do Pará, mas sempre que posso e o dinheiro dele dar, volto á VTX para visitar toda minha família que ainda vive aqui, como podem vê é um lugar muito bonito, apesar de apresentar alguns problemas não só na infraestrutura da cidade, mas em outros âmbitos. Amo minha cidade, aqui nasci, cresci e vivi muito feliz até os 19 anos, já que dos 20 ao 21 morei em Altamira, e atualmente resido em Belém. Posto essas informações de Vtx aqui no meu blog no intuito de ajudar divulgar o lugar á aqueles que aindam não o conhecem e para os que conhecem recordarem do lugar. Todas estas informações foram retiradas da internet.
fontes:
http://www.brasilocal.com/para/altamira/vitoria_do_xingu.html#t=media
http://www.ferias.tur.br/cidade/4845/vitoria-do-xingu-pa.html
http://br.olhares.com/banho_no_rio_xingu_foto3580991.html
http://vitoriadoxingu_pa.no.comunidades.net/index.php




















